domingo, 20 de março de 2011

O domínio do mercado externo inglês

Nos princípios do século XVIII a  Inglaterra possuía recursos necessários à construção de um mercado à escala mundial. O seu poderoso império colonial, proporcionava-lhe um amplo mercado para o seu crescimento económico, mesmo com a perda das colónias americanas, decorrentes da Guerra dos Sete Anos. Na segunda metade do século XVIII, o triunfo político sobre as suas concorrentes, principalmente a França e a Holanda,conferiu à Inglaterra um vasto domínio que se estendia do Mar das Antilhas até à China, passando por África e  Índia. A Inglaterra inviabilizava qualquer tipo de concorrência o que fazia dela a senhora dos mares. A Inglaterra estruturou o seu comércio colonial, a ocidente, pôs em prática um sistema de comércio triangular no Atlântico, altamente lucrativo pelas matérias-primas que a América dispunha, como o açúcar, o café, o algodão, o tabaco, peles, índigo, carne, madeira e cereais e chegavam aos portos de Londres ou Bristol. A oriente tal como a Companhia das Índias Ocidentais, a Companhia das Índias Orientais tinha a responsabilidade de controlar o comércio no Índico. Assim chegavam a Inglaterra especiarias, sedas, corantes, chá, porcelanas e panos de algodão indiano que eram muito apreciados na Europa. Os ingleses tiveram de colocar circuitos de troca locais, o country trade, impondo produções e taxas aos habitantes asiáticos. A Inglaterra conseguiu o seu primeiro porto em Cantão na China, de onde saiam sedas, porcelanas e principalmente o chá importado para a Europa, nos China ships, muito apreciado pelos europeus. Estes produtos eram pagos com tecidos e ópio indiano, bem como ouro e prata. O Oriente tornara-se um símbolo de poder económico assim como o ocidente.



Navios chineses para transporte de chá, China ships



Império colonial ingles na segunda metade do século XVIII

A Hegemonia Britânica

Cidade de Sheffield durante a revolução industrial


Na segunda metade do século XVIII, a Inglaterra teve um período de elevada prosperidade económica, ao nível da agricultura, da indústria, do comércio e da banca. A Inglaterra graças a todos estes progressos, conseguiu impor-se sobre o continente europeu e liderar as principais rotas oceânicas da época.
A inovação na actividade agrícola foi importante para que a Inglaterra tivesse um aumento da natalidade e assim reduzir os níveis de mortalidade. Tal foram as mudanças impostas nesta prática que ficou denominada de "revolução agrícola". Mais tarde o sector industrial também iria ter um conjunto de inovações, a "revolução industrial", que irá fazer deslocar as pessoas do campo, que já não tinham o seu trabalho assegurado pelos progressos agrícolas, para as cidades que iam crescendo. Londres localizada no sul de Inglaterra foi a cidade que teve uma maior afluência de população; a sua riqueza e a concentração de fábricas foram factores para a potenciar. Londres tornou-se a maior cidade da Europa atingindo um milhão de habitantes, podendo controlar o comércio europeu e mundial.