Nos princípios do século XVIII a Inglaterra possuía recursos necessários à construção de um mercado à escala mundial. O seu poderoso império colonial, proporcionava-lhe um amplo mercado para o seu crescimento económico, mesmo com a perda das colónias americanas, decorrentes da Guerra dos Sete Anos. Na segunda metade do século XVIII, o triunfo político sobre as suas concorrentes, principalmente a França e a Holanda,conferiu à Inglaterra um vasto domínio que se estendia do Mar das Antilhas até à China, passando por África e Índia. A Inglaterra inviabilizava qualquer tipo de concorrência o que fazia dela a senhora dos mares. A Inglaterra estruturou o seu comércio colonial, a ocidente, pôs em prática um sistema de comércio triangular no Atlântico, altamente lucrativo pelas matérias-primas que a América dispunha, como o açúcar, o café, o algodão, o tabaco, peles, índigo, carne, madeira e cereais e chegavam aos portos de Londres ou Bristol. A oriente tal como a Companhia das Índias Ocidentais, a Companhia das Índias Orientais tinha a responsabilidade de controlar o comércio no Índico. Assim chegavam a Inglaterra especiarias, sedas, corantes, chá, porcelanas e panos de algodão indiano que eram muito apreciados na Europa. Os ingleses tiveram de colocar circuitos de troca locais, o country trade, impondo produções e taxas aos habitantes asiáticos. A Inglaterra conseguiu o seu primeiro porto em Cantão na China, de onde saiam sedas, porcelanas e principalmente o chá importado para a Europa, nos China ships, muito apreciado pelos europeus. Estes produtos eram pagos com tecidos e ópio indiano, bem como ouro e prata. O Oriente tornara-se um símbolo de poder económico assim como o ocidente.
Navios chineses para transporte de chá, China ships
Império colonial ingles na segunda metade do século XVIII